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História do Casamento: a tradição da Lista de Presentes

A história da Lista de Presentes de Casamento

Desde a antiguidade, presentear é um ato repleto de simbologias que expressam conexão, reconhecimento e respeito ao outro. Como dizem os sábios: “oferecer um presente é uma forma de se fazer presente!“. Ao presentear, estamos materializando nossa intenção de permanecer junto a alguém. Não por acaso, faz parte do ritual fazer uma surpresa e envolver o presente dentro de um papel, amarrar um bonito laço na embalagem e anexar um cartão com votos de celebração. 

– Há milhares de anos, presentear simboliza nossa intenção de construir laços e conexões, sejam elas afetivas e até mesmo diplomáticas, profissionais – ensina o historiador e consultor Jair Marcatti.

O primeiro registro de um presente de casamento data de 3 mil anos antes de Cristo, na Suméria. Conhecido como dote, este presente era, na verdade, um montante financeiro oferecido pelo pai da noiva ao futuro genro, na intenção de colaborar nos custos de sua filha. Por sua vez, a família do noivo presenteava o casal com uma propriedade na qual constituiriam a nova família.

Foi somente na idade média que a ideia de planejar um enxoval de casamento – com lençois, porcelanas, pratarias –, começou a tomar forma. E estes itens iam sendo armazenados nos icônicos “baús da esperança“. Conhecidos em inglês como “Hope Chest“, estes baús eram oferecidos às meninas ainda pequenas, quando chegavam ao início da adolescência e se preparavam para serem apresentadas à sociedade. Neste baú, as jovens guardavam itens como lençois bordados, porcelanas brancas prontas para serem monogramadas, pratarias, e tudo o que fosse ofertado por parentes da jovem.

Mas foi na Era Vitoriana que os convidados passaram a presentear o casal de forma mais parecida com a que conhecemos hoje, com itens que seriam uteis para a casa sendo oferecidos por amigos da família e parentes.

O surgimento da Lista de Presentes 

A primeira lista de presentes de casamento foi criada em 1901, em Minnesota, nos EUA, quando um funcionário de uma loja decidiu anotar os presentes que um casal de noivos estava recebendo de seus convidados, para evitar presentes repetidos. A lista dele ficou tão completa que virou um guia pronto para ajudar outros casais, e assim foi repassada a amigos e amigos de amigos.

Duas décadas depois, percebendo o grande potencial da lista de presentes, o megaempresário norte-americano Marshall Field’s criou, dentro da sua loja de departamentos, em Chicago, uma sala exclusiva para receber as noivas e o chamou de “The Wedding Bureau“, descrito como o lugar que “ajuda as noivas com seus enxoval e dúvidas sobre utilidades domésticas”. Ali, as noivas, junto com suas mães e amigas, poderiam escolher pessoalmente os itens de sua preferência, facilitando a vida dos parentes e amigos que pretendiam acertar na escolha dos presentes.

A Lista de Presentes de Casamento ganha o mundo!

A partir dos anos 50, a experiência realmente ganhou o mundo, com auxílio dos guias de etiqueta que aconselhavam as noivas a fazerem suas listas de presentes com forma de organizar melhor a casa nova e facilitar a vida dos convidados.

Hoje, a maior parte dos casais mais antenados pelo mundo todo criam suas listas de presentes de casamentos, em lojas e sites de casamento, como a Lejour+Fast Shop, para facilitar a vida de quem quer exercer a gentileza de presentear os noivos. Do antigo costume do dote ao prático (e polêmico!) “pix”, a verdade é que os presentes de casamento e suas simbologias mudaram muito ao longo da história. Mas uma coisa é certa: todo casal que está iniciando uma vida junto adora receber o carinho das pessoas queridas. E, sem dúvida, quando este presente vem acompanhado de um belo cartão e votos de felicidade, ele reforça laços e cria espaço para novas celebrações! 

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