A preocupação com o meio ambiente tem deixado o mundo em alerta, fazendo pressão para que os países desenvolvidos tomem ações que visem controlar a emissão de gás carbono sobre a atmosfera. Muitas políticas têm sido debatidas, mas algumas atitudes mais singelas aproximam o tema a cultura e lembranças pessoais de cada um e de seu lugar de origem. Essa é a proposta do concurso “Tree of The Years”, que premia e celebra árvores centenárias e milenares na Europa, através de seleções regionais, até chegar a grande vitoriosa.
Promovido pela União da Floresta Mediterrânea (UNAC), o foco do concurso é estimular que as comunidades europeias cuidem de suas árvores mais antigas e as valorizem, criando laços afetivos com elas. O resultado é uma comoção a cada ano, para a escolha das representantes de cada país, como a Figueira dos Amores, um exuberante espécime de fícus macrophyla que encanta os Jardins da Quinta das Lágrimas, em Portugal.
Foto de Hugo Pinheiro – Fundação Inês de Castro
A figueira foi plantada no século XIX, por um aristocrata que colecionava árvores e trocou sementes com o Jardim Botânico de Sydney. Sua exuberância e beleza faz parte do cenário de uma história de amor linda e trágica, muito conhecida em Portugal. O então príncipe Dom Pedro de Portugal se apaixonou pela plebeia Dona Inês de Castro e, mesmo contrariando o seu pai, que era o Rei de Portugal na época, eles se encontraram as escondidas neste jardim, onde fizeram juras de amor eterno.
A história do casal foi tragicamente interrompida, mas o amor permaneceu intacto até o fim. Após a morte de sua amada Inês, Pedro se manteve fiel a ela, não só no luto até o final de sua vida, mas também nas diversas homenagens que fez a sua amada.
Inspirados nesse amor que vai além da morte, muitos casais apaixonados vão visitar e renovar seus votos de casamento aos pés da Figueira do Amor, como aconteceu com nossa CEO Manoela Cesar. Com seus grossos troncos de 15 metros de perímetro e 35 metros de altura, a figueira de cerca de 150 anos é a imagem da solidez do amor e sua plenitude.
Fotos de Manoela Cesar – @qfilmpt